VIDA NOVA

Não quero viver na roça
Na pobreza da palhoça
Sem um conforto qualquer
É triste a luz da candeia
Que só polui, não clareia
Viver assim ninguém quer

Depois de tanto desgosto
Levantei-me já disposto
A deixar aquela choça
Se quem me retinha, a Flora
Resolveu me dar o fora
Para aumentar minha fossa

Larguei tudo ao vir embora
Nem mais penso nessa Flora
Que atrasou minha partida
Agora aqui, bem distante
Tenho mulher cativante
Que fez brilhar minha vida