SINCERIDADE

Não me condenes por ser sincero
Mas a verdade deve ser dita
Tudo acabado não mais te quero
Embora sejas muito bonita

Viver a dois é bem diferente
Muita rotina, pouco lirismo
Não nos convém como a tanta gente
Manter os laços por moralismo

Como não temos um dom divino
Em nosso meio tão egoísta
Se nos casarmos, que desatino
É sofrimento a perder de vista

Pareço duro no meu juízo
Mas é melhor terminar assim
Por que sonhar com o paraíso
Se vês o inferno perto de mim?

Está tão claro que o resultado
Passada a fúria, depois de um mês
Qualquer de nós maldizer em brado
A desgraça que a burrice fez