Um borracho quando nobre
É diferente do pobre
Que é borracho também
O nobre é divertido
O pobre, vil pervertido
Um mero joão-ninguém
Também quem tem alto posto
É cidadão de bom gosto
Tudo o que faz é perfeito
O pobre, reles plebeu
Porque escreveu mas não leu
Já não merece respeito
Esse arraigado conceito
Nunca vai mudar de jeito
Porque não se perde o pejo
Hoje até um presidente
Tem método diferente
Ao saciar seu desejo
Parece não ser normal
O gosto por sexo oral
Ocorrido com a Mônica
Ela manteve o segredo
Talvez por um certo medo
Da malhação pela crônica
Alguém com muita janela
Aposta que a chupadela
Feita com muito prazer
Quer lá fora, quer no leito
Não incrimina o sujeito
Se nem a faz conceber
O resquício do expelido
Deixou marca no vestido
Que agora sumiu de vez
Mas outrora ela ciosa
Zelou da mancha leitosa
Em preito àquele que fez
Outras vezes com certeza
Repetiram a proeza
Desse ato diferente
Mas agora um promotor
Cheio de falso pudor
Quer cassar o presidente
Mas ele muito contente
Confessa ser inocente
E tem motivo que anime
Segundo língua ferina
Aquela bela menina
Já cuspiu a prova do crime