Não posso crer em satã
Nem hoje nem amanhã
Mesmo se tiver cem anos
Cada vez mais me convenço
Que basta usar o bom senso
Para livrar-se de enganos
Um convincente pastor
Seja de que seita for
Trabalha com muito afã
Jamais creio no que prega
Ninguém me incute fé cega
Por medo do tal satã
O pastor diz estar certo
Que para ficar liberto
do satã, nessa peleja
Precisa além de temente
Tornar-se o mais eminente
Colaborador da igreja
Se deixar de ser freguês
O pastor mais uma vez
Vai prever o fogo eterno
Ele diz ser milagreiro
A quem dá muito dinheiro
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