O PRECONCEITO

No Brasil não há racismo
Falava com ufanismo
Determinado sujeito
Na verdade não existe
Há porém algo mais triste
Que se chama preconceito

É comum a tanta gente
Na linguagem corrente
Glosar os de pele escura
Quem faz isso não atina
Com esse mal de rotina
Que ainda agora perdura

Gente branca que se manca
Nunca diz “tem alma branca”
A negro de bom conceito
A cor por si não enseja
Certos dons que se deseja
Ao definir o perfeito

Ser negro, amarelo, branco
É melhor que eu seja franco
E diga tudo o que sinto
Em sendo gente de bem
Tem tudo o que nos convém
Seja branco, até retinto