Bebo comedidamente
Também como com critério
Mas sem levar muito a sério
Eis meu modo inteligente
Às vezes fujo da linha
Pois como o que mais agrada
Até mesmo feijoada
Com bons tragos de caninha
É assim que levo a vida
Sem temer pelo futuro
Se não há jeito seguro
Para a tal hora temida
Há tempos assim procedo
Hoje perto dos oitenta
Já penso até nos noventa
A viver sempre sem medo
Jamais vou temer a morte
Encará-la não me custa
Mas a tantos ela assusta
Dizem ser falta de sorte
Nada levo tão a sério
Que vida ninguém garante
Se nem dieta constante
Livra alguém do cemitério