DESILUSÃO

Os meus olhos rasos d’água
Bem demonstram minha mágoa
Pelo mal que me fizeste
Tinhas vida de opulência
Mas como correspondência
A vergonha me trouxeste

Foste mal-agradecida
Não ligaste para a vida
Que eu procurava te dar
Se queres ter novo ofício
Talvez lá no meretrício
Seja mesmo teu lugar

Tu fazes parte daquelas
Que por fora são tão belas
Mas que não tem conteúdo
Não tens pudor nem vergonha
Pois constantemente sonha
Com belo macho desnudo

Mulher tipo Messalina
Tão devassa e libertina
Nunca vi na natureza
Ora busco namorada
Mas quero seja dosada
Chega de mulher acesa