O rapaz na puberdade
Freme de tanta vontade
Sonha sempre com mulher
Ela com desconfiança
Por ver nele uma criança
Finge então que nada quer
Triste fase que lamenta
Sem mulher não se contenta
Acha que sofre demais
Mas vislumbra no futuro
Compensar com alto juro
Esse sonho dos mortais
Conseguiu ter o que quis
Mas não se sente feliz
Por agir tal qual insano
Por seguir ordem papal
De transar ao natural
Foi ter um filho por ano
Agora que desencanto
Aquela parceira e tanto
Sofre e bem sabe a causa
Está perto dos cinqüenta
Além da luta que enfrenta
Vem agora a menopausa
Fiel à ordem papal
Sentiu deveras o mal
Que lhe pesa nesta vida
Já na casa dos sessenta
É dura a barra que enfrenta
Que imposição descabida
Voltar atrás não tem jeito
Que Deus fez tudo perfeito
Para sempre ser assim
Nova geração desponta
O varão nem se deu conta
Mas está perto do fim